A ansiedade é um estado emocional tipicamente ligado à reação de luta ou fuga. Estado esse que é natural e útil à sobrevivência, mas que, em tempos modernos de constantes preocupações, pode desencadear uma exaustão no organismo se disparado constantemente e repetidamente. Infelizmente, muitos de nós vivemos em preocupações e estresses constantes – o que desencadeia esse mecanismo de forma imprópria, causando transtornos de ansiedade.

                      Luta ou fuga serve para preparar o organismo para lutar ou fugir – tipicamente associado com a luta pela sobrevivência. Tal mecanismo nos favoreceu evolutivamente. Precisávamos reagir rápido a perigos iminentes para que nossos genes pudessem sobreviver e serem passados adiante até o presente momento e, para isso, os hormônios cortisol (hormônio do estresse) e adrenalina (que prepara nosso corpo para a ação) estão presentes. Porém, quando a preocupação se torna repetida e presente a todo momento, esse mecanismo esgota o organismo por que ele não aguenta estar preparado para lutar ou fugir o tempo todo. Exemplos disso são uma conta para pagar, um boleto vencido, relações abusivas e ameaçadoras constantes, sobrecarga no trabalho e a perspectiva de ser despedido ou despedida do emprego – fatores estressantes constantes que representam perigo de vida pelo modo como nós vivemos, mas sem, necessariamente, uma ameaça pontual facilmente perceptível.

               Nós precisamos descansar. Nós precisamos nos sentir seguros e seguras para que o organismo descanse e ative outros neurotransmissores para funcionar devidamente, especialmente do sistema parassimpático – aquele que prepara o corpo para o repouso. Esse sistema traz também a sensação de saciedade, de satisfação, equilibra a digestão, faz a regulação hormonal, diminui o ritmo cardíaco, respiratório, a pressão arterial e o açúcar no sangue – sendo antagônico ao processo do sistema simpático – que envolve o cortisol e adrenalina (a reação de luta ou fuga e ao estresse).

                      Um boleto pode ser um pedaço de papel, porém, pode ganhar representatividade simbólica de uma ameaça. Não pagar uma conta por falta de dinheiro pode representar ficar sem moradia, pode representar a falta de recursos financeiros e não ter dinheiro para fazer a próxima refeição. E tudo isso se organiza de forma mental e linguística no nosso cérebro. Através de associações consecutivas – o que chamamos de fluxo de raciocínio – temos o seguinte exemplo de uma possível representatividade mental:
Boleto à dinheiro à falta de recursos financeiros para quitar as dívidas e financiar a alimentação à ameaça à sobrevivência à disparo do gatilho de luta ou fuga à cortisol e adrenalina à ansiedade à exaustão emocional à transtornos de ansiedade como pânico e de burnout (exaustão mental e emocional). E isso causa danos ao organismo.

                    Porém, esse fluxo de pensamento e de consciência pode ser quebrado. Ele pode ser ressignificado e pode ser reorganizado através da linguagem, através da terapia. Psicoterapia que lida desde como um boleto é processado e até as formas que nós usamos para resolver os problemas que os boletos causam. A ameaça de um boleto pode ser simbólica, mas traz consequências reais. Enfrentar o problema de um pedaço de papel começa quando nós adquirimos controle sobre a situação. E fazemos isso através da organização linguística e emocional. É organizando nossa linguagem e nossos pensamentos que conseguimos resolver o problema do boleto. É organizando nossas emoções que conseguimos aprimorar nossas reações e, processo por processo, buscar novas formas de articular nossa consciência e ações para suprir as demandas que temos. Fazer a gestão cognitiva e do tempo e organizar a nossa vida para que um boleto não seja percebido como uma ameaça e, sim, como uma conta a pagar que não causa estresse é o propósito da terapia baseada em PNL. A organização é linguística e é neurológica.

             Neurolinguística é o estudo da interação entre a forma semântica de como nós processamos e organizamos as informações – nossa elaboração linguística e simbólica – e o funcionamento cerebral. Neurologia e linguagem. É a forma linguística como simbolizamos e compreendemos aquilo que nossos sentidos captam – mesmo que seja um boleto. Da mesma forma que significamos o mundo ao nosso redor, distribuindo razões e emoções atreladas às coisas, podemos ressignificá-las de forma diferente (mudar de opinião), podemos ressignificar aquilo que já conhecemos, adotando uma nova perspectiva sobre um determinado assunto ou uma experiência – fazendo novas associações, novos conteúdos na fala, ou seja, na parte linguística. E esse mecanismo interfere em como a emoção é sedimentada mentalmente e como ela é processada.

               Frases como “Eu sou uma péssima mãe” podem ser transformadas em “Às vezes, eu cometo erros na educação do meu filho, mas eu sou uma mãe bem intencionada e eu estou aprendendo a ser melhor” e até para “Eu sou uma boa mãe, mesmo que eu cometa erros eventuais. Errar é humano e eu posso corrigir meus erros”. A forma como nós nos comunicamos, o conteúdo da nossa fala, é crucial na forma na qual como nós sedimentamos a linguagem e as emoções e isso tem repercussões neurológicas e emocionais. Isso é neuroquímica. E a PNL é o treinamento, é o exercício dessa articulação linguística e de significado.

                 A forma como nós nos expressamos tem severas implicações na comunicação, seja pela reação de quem ouve, seja na forma na qual armazenamos a nossa linguagem. A consequência disso pode ser medida – E é aí que entra a Programação Neurolinguística. A linguagem que usamos afeta diretamente nosso cérebro. Na terapia que uso, a PNL está no cerne da terapia: nós treinamos pela linguagem. Nós fazemos exercícios cognitivos assim como treinamos os músculos na academia: é falando certas coisas que vamos ampliando o sentido daquilo e vamos adaptando o sentimento em relação ao fluxo de raciocínio, o fluxo de consciência. E é essa consciência que objetivamos aprimorar – até que nós obtenhamos um nível satisfatório em relação a uma determinada palavra, assim como mãe ou boleto. Mãe e boleto, ambas podem fazer um bom sentido e um bom sentir. E é isso de que se trata a psicoterapia: fazer um bom sentido e um bom sentir. O chamado bem-estar. E isso é neurológico e fisiológico. É sobre aproveitar a vida. Fazer dela um bom sentir, um bom sentido. A vida termina. E podemos aproveitar ao máximo o que ela tem para oferecer. Mudar para melhor é otimizar nosso tempo de existência. Passar a vida tendo crises existenciais não é bom. Não é agradável. E não é necessário. Podemos nos reinventar.

                   Meu nome é Guilherme Schitz Amaral, sou psicólogo e trabalho com PNL. Caso tenha gostado do conteúdo, considere marcar sua consulta comigo que eu te ajudo a ver a vida com outros olhos. Eu estou aqui para isso e é esse meu trabalho. Gratidão por ter lido até aqui e te desejo todo amor que a vida pode te oferecer! Tudo de bom na tua vida! Gratidão!